Mercosul fortalece parcerias cinematográficas com novas coproduções internacionais

No dia 7 de setembro, durante o 8º Encontro de Coprodução do Mercosul – ECM+LAB 2024, realizado na 28ª edição do Festival Internacional de Cinema Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM 2024), importantes figuras do cinema e audiovisual discutiram o futuro das coproduções internacionais na região. Entre os participantes estavam Guilherme Nunes da Costa Bomfim Mendes, gerente de desenvolvimento de mercado da Ancine, e José Antonio Delvalle, diretor do Instituto Nacional do Audiovisual Paraguaio (INAP).

Alejandra Marano, da Argentina, José Antonio Delvalle e Guilherme Mendes (Foto: Divulgação FAM)

Tiago Santos, diretor executivo da Panvision, destacou o impacto do recente Acordo de Coprodução Cinematográfica e Audiovisual do Mercosul, firmado em julho por Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai. Esse acordo, que foi tema central das discussões na Reunião Especializada de Autoridades Cinematográficas e Audiovisuais do Mercosul (Recam) em 2023, busca promover colaborações entre países do bloco, fortalecendo o setor audiovisual e expandindo o mercado internacional.

Guilherme Mendes enfatizou que as coproduções internacionais são fundamentais para ampliar a troca de experiências culturais e expertises técnicas. Ele ressaltou o lançamento do maior edital de coprodução internacional da história da Ancine, com o objetivo de facilitar a criação de obras conjuntas entre os países do Mercosul e além. Além de parcerias já consolidadas, como com Argentina e Portugal, o novo acordo abre portas para cooperações inéditas, como com o Paraguai, que antes não eram possíveis devido à falta de tratados bilaterais.

Segundo Mendes, “a assinatura desse acordo com o Mercosul é um passo importante para garantir que as produções possam alcançar diferentes mercados e se conectar com novas audiências”. Ele também frisou que, para o Brasil, a cooperação com países vizinhos, como o Paraguai, é estratégica, especialmente na criação de conteúdo relevante para públicos regionais e internacionais.

Por sua vez, José Antonio Delvalle destacou os avanços que o acordo traz, especialmente no que diz respeito às questões migratórias e aduaneiras. Essas mudanças facilitam a circulação de profissionais entre os países envolvidos e agilizam os trâmites de exportação de equipamentos audiovisuais, beneficiando produções conjuntas e impulsionando o desenvolvimento do setor.

Delvalle também mencionou que o Paraguai já está trabalhando em uma série coproduzida com o Brasil para uma grande plataforma de streaming, reforçando a importância dessas parcerias no cenário audiovisual atual. “A cooperação entre os países do Mercosul vai além do cinema, envolve nossa identidade cultural e fortalece as indústrias locais”, afirmou.

Com esse acordo, as coproduções ganham não apenas incentivos financeiros, mas também a possibilidade de gerar produções que ressoem em diferentes mercados e culturas.

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